segunda-feira, 28 de junho de 2010

Escrever um Livro

É como eu escrevi no Twitter, estou querendo escrever um livro.
Não qualquer livro!
Ja pensei em escrever sobre algum tema específico em Psicologia, mas acho que ainda não é o momento.
Mas o que me deixou arrepiada, e bateu forte aqui no peito, foi a idéia de escrever um livro sobre minha Vó querida Palmira - um exemplo de vida.
Sinto uma saudade enorme dela, que até choro!!!
Quero escrever sobre ela, sobre sua vida, sobre as lições que ela deixou em vida ...
Pensei em recolher dos familiares, amigos, momentos que eles viveram com ela, ensinamentos que ela deixou para eles.
Acho que vai rolar, eu pelo menos estou vibrando por dentro.
Já comecei a escrever algumas palavras ...
Tenho certeza que logo, logo, estarei com este livro nas mãos.
Até.

PS: Se alguém ler este post e quiser me ajudar, me orientar, agradeço a ajuda!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Portas para se abrir ...

Nesses anos de experiência como Psicóloga, principalmente com os Jovens em Orientação Vocacional, pude compartilhar com eles seus momentos de angústias e dúvidas, diante da escolha profissional.

Içami Tiba, em seu texto "Portas", descreve bem esse momento:

"Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala. Você pode não entrar e ficar observando a vida. Mas se você vence a dúvida, o medo e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se. Mas, também, tem seu preço ...

São inúmeras outras portas que você descobre.

Às vezes quebra-se a cara, às vezes curte-se mil e uma. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta. A vida não é rigorosa. Ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno. A vida é generosa. A cada sala que se vive, descobrem-se tantas outras portas.

E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas.

Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida ...

Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens ... "

Se ampliarmos essa visão - da dúvida entre qual porta entrar, e se entrar ou não - para a vida não só dos jovens, mas de pessoas comuns, como eu, como você, percebemos que passamos por esses problemas todos os dias.

A cada novo dia estamos suscetíveis a encontrar diferentes portas, diferentes caminhos para seguir. Ficar em cima do muro, na dúvida, faz com que deixemos de viver experiências incríveis.

Não tenha medo de tentar, de arriscar, de errar ... Como Içami Tiba relata, a vida é generosa e não rigorosa, a ponto de podermos transformar nossos erros em acertos.

É claro que isso só é possível se tivermos uma dose generosa de humildade para aceitar que erramos e uma dose de entusiasmo para aprendermos com nossos erros.

Tente, erre, acerte ... mas Viva, Viva!!

Trabalho não é luta, e sim um ato de criatividade e prazer!!

Você já sentiu uma vontade danada de jogar tudo para o alto, de largar o emprego e relaxar ? Já sentiu aquela estrema sensação de cansaço, aquela apatia que te impede de levantar pela manhã e enfrentar o dia ?
Pois é, minha gente, eu estou percebendo que há muitas pessoas confusas demais, se sentindo desmotivadas, impulsionadas para uma vida de abandono. Mas não dá para pensar assim, neste mundo onde o trabalho é fundamental para a sobrevivência e para a realização.
Será mesmo que o trabalho que está tão ruim ?
Ou é a cabeça de vocês que está confundindo tudo e atrapalhando o seu sossego a ponto de jogá-los nessa apatia?
Às vezes é preciso prestar muita atenção na alma, principalmente quando o corpo dá sinais de esgotamento. Prestar atenção para não fazer bobagens e perder a oportunidade de sobreviver, de ganhar o sustento.
A alma pode estar se queixando da sua cabeça, porque a sua cabeça como trabalhadora pode ser péssima.
Vocês fazem muita pressão sobre as coisas, se tornam muito dramáticos, levam tudo de forma séria demais. Vivem se pressionando, exigindo além da conta, competindo demais.
Vocês trabalham de uma forma tensa, como se tivessem um inimigo em cada lado, contra os quais é sempre preciso ficar atento, na defensiva.
Mas não é verdade, não. E não é saudável criar um ambiente de trabalho com tanta energia negativa.
É o medo de perder que cria essas fantasias.
Daí é um passo para vocês se tornarem perfeccionistas. O medo de errar corrói seu espírito, achando que cometer um erro é sinal de fraqueza, de incompetência.
Uai, minha gente, trabalhar não é se escravizar, não.
Essas atitudes que vocês tomam com relação ao seu trabalho são escravidão.
E essa escravidão, esse medo, essa desconfiança é que cansa, não o trabalho.
Se vocês não se renovarem, não tiverem coragem de enfrentar seus medos, o trabalho vai ser um peso, um inferno. E cada vez mais vai faltar vontade de sair de casa para enfrentar o dia.
Façam do seu trabalho uma atividade prazerosa, onde vocês possam criar, arriscar mudanças sem medo de errar, quebrando a rigidez da rotina.
Tenham coragem de inovar, consolidar idéias novas, dar palpite, mudar tudo a cada dia.
Trabalhar é exercitar dinamismo, experimentar novidades, arriscar, sem medo de mudar para pior, sem medo de cometer erros.
Essa idéia de ser batalhador precisa ser melhor compreendida por vocês.
Será que ser batalhador, na sua cabeça, é sair de casa, não para trabalhar, mas sim para enfrentar uma arena de luta ?
Se for assim, é por isso que estão todos cansados, pois nesse ritmo o desgaste é muito maior.
O melhor para vocês é assumir uma postura de empreendedores, porque, assim, trabalhar é um ato de criatividade e prazer. O local de trabalho passa a ser a extensão da sua casa, o complemento do seu lazer.
Trabalho não é luta.
É diversão, é a possibilidade de exercitar as nossas potencialidades com muito prazer.
É se envolver num processo criativo, é possibilitar e realizar coisas novas.
É ordenação mental enquanto utilizamos a nossa inteligência e também a nossa esperteza.
É praticidade, senso comum, é saber lidar com as coisas e com as pessoas.
É parte essencial das nossas necessidades como seres humanos. Mas é preciso então diferenciar, perceber que a insatisfação e o cansaço não vêm do exercício do trabalho, mas sim do modo como vocês trabalham, do jeito que vocês acabam por entender o trabalho.
Se a sua alma está gritando, dizendo que não agüenta mais, que não tem mais vontade de enfrentar o dia-a-dia no seu local de trabalho, é sinal de que você estragou tudo com a sua incompreensão. Certamente você se preocupou tanto com a sua competição, com as pretensas ameaças dos outros, a ponto de não deixar a sua alma – sua essência – fazer o que ela realmente queria.
Você não deu espaço para o exercício da criatividade da sua alma. Acabou se fechando dentro daquela cerquinha segura e não arriscou nada, amedrontado.
É isso que a sua alma reclama: a expansão da potencialidade criativa. Não está reclamando do seu trabalho e sim da sua forma de trabalhar.
Sua alma está indicando, na verdade, uma necessidade de mudança, está pedindo mudanças, um novo começo. Mas não indicando para você parar de trabalhar.
Antes de dar um passo, avalie realmente o que a sua alma deseja – não a sua cabeça confusa –, para onde ela quer te levar.
A alma sempre conduz, sempre indica uma direção, mas é preciso ficar atento para as mudanças para não confundir o rumo.
Ficar atento para perceber que a alma quer mudar, antes de qualquer coisa, a forma de pensar, quer tirar da sua cabeça valores equivocados.
Depois é que vem o novo rumo, o novo caminho.”

(Trecho do livro “Calunga - fique com a luz ...”, de Gasparetto).